Facebook e Instagram lançarão serviço de assinatura paga sem anúncios na Europa

Controladora das duas plataformas, a Meta vai parar de mostrar anúncios para menores de idade em países europeus a partir da próxima segunda-feira, dia 6


As redes sociais Facebook e Instagram vão lançar, a partir de novembro, um sistema de assinatura paga e sem anúncios a seus usuários na Europa, depois que os tribunais da região começaram a reprimir a forma como as empresas de mídia social tratam os dados pessoais. O anúncio foi feito pela Meta, controladora das duas plataformas, nesta segunda-feira.

Já a partir da próxima segunda-feira, dia 6, a Meta vai parar de mostrar anúncios a menores de 18 anos na Europa como parte das medidas para adequar suas redes às regulações da União Europeia.

Mais segurança: EUA anunciam nesta segunda-feira nova regulamentação para inteligência artificial Novidades: Nova versão do Mac, iMac mais moderno e chip mais potente.Veja o que a Apple vai lançar nesta segunda-feira De acordo com comunicado da Meta, a partir do mês que vem, os usuários poderão assinar os sites de mídia social por € 9,99 (US$ 10,59, ou R$ 53, na cotação atual) por mês na Web ou € 12,99 (US$ 13,77 ou R$ 68) por mês por meio dos sistemas operacionais móveis da Apple e do Android.

O plano de assinaturas estará disponível para usuários da União Europeia (UE), do Espaço Econômico Europeu (EEE, que inclui Noruega, Islândia e Liechtenstein) e da Suíça, embora os serviços continuem disponíveis gratuitamente com publicidade.

Segundo a empresa, enquanto as assinaturas estiverem ativas, a informação destes usuários "não será utilizada para publicidade". Continuaremos a defender uma internet com suporte de anúncios, mesmo com nossa nova oferta de assinatura na UE, no EEE e na Suíça", disse a empresa no comunicado. "Mas respeitamos o espírito e o propósito dessas regulamentações europeias em evolução e estamos comprometidos em cumpri-las."

‘Há empresas de IA crescendo em um faroeste sem regulação’, diz executiva portuguesa que integrou grupo da Casa Branca As ações da empresa subiram até 1,9%, para US$ 302,40, nas negociações de pré-mercado antes da abertura das bolsas de Nova York nesta segunda-feira. As ações haviam fechado em US$ 296,73 na sexta-feira.

As assinaturas são uma reação às crescentes regulamentações sobre como os dados dos usuários são coletados e usados na Europa. Em uma publicação no blog explicando a decisão, a Meta citou a decisão do Tribunal de Justiça da UE que foi contra a empresa em julho.

Na ocasião, o tribunal disse que as empresas deveriam considerar a oferta de um serviço alternativo para os clientes que não querem que seus dados sejam coletados e vendidos aos anunciantes "se necessário, mediante o pagamento de uma taxa apropriada".

Em busca do 'match' perfeito? Já há apps de namoro para veganos, negros e até para quem é de esquerda. Veja como funcionam A Meta continuará oferecendo serviços com suporte de anúncios nesses mercados sem cobrança adicional. Embora as taxas de assinatura cubram inicialmente todas as contas de um usuário, a partir de março, a Meta cobrará um adicional de € 6 por mês na Web e € 8 por mês em celulares para cada conta adicional.

As grandes empresas de tecnologia estão fazendo mais alterações em seus produtos europeus para atender ao crescente escrutínio dos órgãos reguladores. Isso é mais proeminente na União Europeia, onde os tribunais e as autoridades de proteção de dados estão aplicando multas no valor de bilhões de euros às empresas que não cumprem as regras de proteção de dados, e novas regras de concorrência e moderação de conteúdo estão entrando em vigor.

Atendimento automatizado: O que fazer quando a inteligência artificial atende, mas não entende o consumidor? A empresa disse que o novo modelo de assinatura europeu foi "levado em consideração" em suas perspectivas e orientações comerciais mais recentes.